Outubro registra chuvas 70% acima da média no Paranapanema

A 10ª Sala de Crise do Paranapanema, realizada na tarde de ontem (28), trouxe boas notícias para a Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema. Segundo o coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Enrique Seluchi, outubro apresentou um volume representativo de chuva. A média histórica para o mês é de 159 mm, e, até o dia 26, já havia atingido 278 mm – 70% maior.

Contudo, o coordenador também alertou que o mês de novembro deve voltar a apresentar chuvas na média e abaixo da média. Com o fenômeno El Niña, a região do Paranapanema, que é de transição, costuma sofrer impactos negativos, com faltas de chuvas. O especialista do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Guilherme Ferreira Guilhon, apresentou os números referentes ao nível de água nos reservatórios localizados no Paranapanema, voltados para a geração de energia elétrica: Jurumirim 23%, Chavantes 35%, Capivara 48% e Mauá 72%. O volume útil dos reservatórios está, no total, com 36% do nível dos reservatórios.

Seguindo as premissas das simulações feitas, utilizando as diretrizes de vazões de defluências propostas pelo ONS, até 14 de novembro, os reservatórios deverão apresentar os seguintes níveis: Jurumirim em 29%; Chavantes em 40%; Capivara em 55%; e Mauá em 71%.

Na ocasião, os presentes questionaram o motivo do reservatório de Jurumirim ter uma recuperação mais lenta. A CTG, responsável pelo reservatório, esclareceu que as normativas que estabelecem o seu funcionamento trazem algumas exigências e limitações que impedem maior flexibilidade nas vazões de defluência, que ajudaria na manutenção do nível dos reservatórios.

A próxima reunião da Sala de Crise está agendada para o dia 26 de novembro, às 15h, por videoconferência.

 

Sala de Crise

Para compartilhar informações e tomadas de decisões, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) instituiu a Sala de Situação do Paranapanema, posteriormente intitulada Sala de Crise, composta pelos seguintes integrantes, além da própria ANA: Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), CTG Brasil, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Departamento de Água e Energia Elétrica e a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente SIMA, pelo Estado de São Paulo, Instituto Água e Terra, pelo Estado do Paraná, operadoras e geradoras de energia elétrica, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema e os seis Comitês Afluentes, instituídos nos Estados de São Paulo e Paraná.

Também é possível acompanhar a situação dos reservatórios na Bacia Hidrográfica, por meio do CBH Paranapanema:

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